O texto que segue fora
transcrito de um especial exibido pela rede Globo, sobre o mestre do humor, o
cearence Chico Anysio. Dica: Leia atentamente com o dicionário na mão e desde
já, pedimos desculpas pelos palavrãos.
“Uma vez o Wilson
Simonal, em uma entrevista que concedeu no Copacabana Palace, dispensando o que
falava, ele disse que a lingua portuguesa é um código. O que se fala em
português ninguem entende. O português é um código mesmo”.
"Agora
eu pergunto: Quem é este cidadão que atende por este patronímico para propagar
esta verrina não só vexante como metuenda? Apenas um rapsodo, veabolante,
sorrelfa e tramposo. Prolificentíssimos em chocarrices e parastes e que em uma
das janelas de jar aguateiros e falta de profícuos que fazeres teve o ousio de
profilgar o léxico copátrio com esta objurgatória quentóxina. Escuse-me o
impertérrito semáculo por acometer contra as suas oiças com expressões tão
simples, esquisapapalvas. Mas o assunto deve ser pendorado com toda clareza
como estou fazendo. Não espere o proditor minhas profalsas por tal assertiva
que nada mais é do que um vitupério, um menoscabo, procedimento soez -
característico dos procazes valdevinos, mel hortes , zagorrinos e pataratas. O
que é litigável litiga-se, diga-se de passagem. Será ele um folas que necessite
de égide ou, quem sabe, um aclófobo que busca malsinação. Frenopata não é,
pois, quando ainda subjacente, o vi fornecer a um médium de sorte um autógrafo
chibunte, e, ao que me consta, cotriba não quis ser por zumbaia e nenhuma quizila,
diga-se de passagem. (Podes crer. Podes crer, amizade.) Não sou um nubívago,
nem me julgo um hermeneuta a viver barbialçado com ignaros a me sorrabar,
porque a mim ninguém sorraba. Ele, sim, adora ser sorrabado pela simples razão
de se achar um aríolo. Realmente, ele tem frenesia ror. Mas e daí? Qual é a
dele? Sejamos debatiços. Saiamos da hebetude desta sorda panície undíflua
diante à que estamos da gambérria de um pacóvio que já canonizou por
alboroqueses que hoje rebimbado plebeíza nossa língua. Mas quem é que não
entende o português? Nosso idioma é de uma clareza vítria, ebúrnea, de facílima
captação. Os hodiernos é que tudo me choutearam com uma verbiagem que nada mais
é do que um mistifório com palavras impedientes de qualquer entendimento. Falei
simples como eu falei do pródromo desta parlanda usando os verbetes que usaria
uma criança ainda pulcra e não haverá apodos ora, p.... (palavrão)."
Transcrição
– Blog do Marcus Rebouças
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